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10 de julho de 2017

ONS: novo modelo vai auxiliar na missão do operador

download (1)Para Luiz Eduardo Barata, modelo atual já dava sinais de esgotamento e novo vem ao encontro de anseios do setor

PEDRO AURÉLIO TEIXEIRA, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DO RIO DE JANEIRO

A consulta pública para o novo modelo do setor elétrico aberta pelo Ministério de Minas e Energia também foi elogiada pelo diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata. De acordo com ele, as propostas de certa forma vão auxiliar no objetivo do operador, que é de atender o sistema com segurança e preços justos para os consumidores. Para o diretor do ONS, o modelo atual, criado em 2004, cumpriu seu papel, mas já dava sinais de esgotamento. “Os sinais que tenho são positivos. A proposta vem ao encontro do que o setor vinha pedindo há algum tempo”, revela Barata, que participou de debate nesta quinta-feira, 6 de julho, durante o Brasil Solar Power, no Rio de Janeiro (RJ).

O diretor do ONS disse ainda que a defasagem de quase duas décadas que o país tem no desenvolvimento da fonte solar seria mitigada nos últimos anos, mas a crise econômica impediu que isso acontecesse, acabando por retardar esse processo. Ainda segundo ele, o fortalecimento das renováveis acabou acontecendo, o que trouxe mais complexidade para a operação. Barata também lembrou que a nova postura que a consulta indica vai trazer uma melhor sinalização de preços. Segundo ele, nem sempre a fonte mais barata, no seu conjunto acaba por ser a mais barata no final do processo.

A abertura do acesso ao mercado livre que a nota técnica do novo modelo propõe também foi considerada acertada por Barata. Ele, que já presidiu o conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, lembrou que sempre pregou que essa abertura deveria ser feita de forma ordenada. A figura do comercializador varejista também fica mais importante.

Estudos iniciais do operador mostram que os empreendimentos solares que estão em operação têm tido boa performance, com uma geração ‘flat’, considerada interessante. Este ano, a fonte solar deve acrescentar mais 1 GW na matriz brasileira em 2017. Este novo desenho traz desafios para o operador, que segundo o seu diretor geral, vem se mostrando atento a isso. “O sistema está mudando. Temos adotado trabalhar em cima da inovação”, revela.